segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

SEMINÁRIO DE ENCERRAMENTO - CICLO DOIS

Nos dias 11 e 12 de dezembro de 2009 aconteceu na Biblioteca do Centro Educacional São Sebastião o Encerramento do Seminário do Ciclo Dois. As apresentações que aconteceram no Centro Cultural Honorato Fernandes foram maravilhosas dos grupos de Orientação dos Gelit´s (Vidas Secas) de Graciliano Ramos e o Leitor de (Bernhard Schlink) e as Produções Livres. Todas as apresentações desses dois dias refletiram o esforço e a dedicação dos cursistas em busca da formação. Chegar ao final de mais um ciclo é a certeza de mais uma etapa concluída, de um significado inexplicável, o importante de tudo isso, é que em cada encerramento de ciclo, nos surpreendemos muito com tudo que foi produzido durante cada atividade. Porém, quando reflito sobre o percurso trilhado, o diálogo com os professores e com os teóricos no momento da construção dos textos e a visão que tenho hoje sobre a importância da tecnologia na evolução humana e na educação, percebo que nada se perde ao se dedicar aos estudos.
De todas as atividades, carrego uma porção na minha bagagem. Porção que estou utilizando para montar a minha história de vida, como pessoa e como professora.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Apresentação - Memorial

O presente memorial mostra uma síntese da minha vida pessoal e profissional com a finalidade de narrar fatos ocorridos durante a escolaridade desde o Ensino Fundamental até o Ensino Médio, além de minha trajetória profissional nesses anos. Está sustentando em cinco eixos: Quem sou eu, Minha Infância, Trajetória Escolar , Trajetória Profissioal e Trajetória Acadêmica. Apresenta-se de forma sucinta, fatos que falam das situações que eu vivi, descobertas, desafios e realizações. Descreve também, com bastante clareza, o perfil da professora, ressaltando o seu papel em sala de aula e fazendo uma análise sobre a minha prática pedagógica. Destaca a sua inserção no Curso de Formação de Professores – UFBA que contribuirá muito na construção de um educador mais crítico, participativo e consciente, capaz de produzir conhecimento e se tornar um profissional pesquisador a fim de aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

RECEITA DE ALFABETIZAÇÃO

Receita de Alfabetização


 Ingredientes:

• 1 criança de 6 anos;
• 1 sala de aula;
• 1 Bingo de sílabas ;
• 1 baralho de letras;
• 2 alfabetos emborrachados;
• 1 pacote de criatividade;
• 2 jogos da memória com letras
• 1 pacote de história com animaizinhos
• 1 pitada de incentivo
• Vários tipos de textos: parlendas, adivinhações, cantigas de roda, poesias, livros literários, revistas, jornais, fábulas, rótulos, receita culinária e outros a critério.


 Modo de preparar:

Dissolva dois pacotes de alfabetos emborrachados contendo letras maiúsculos e minúsculas pelas paredes de uma sala de aula na qual estuda uma criança de seis anos. Acrescente ao dia dia da criança em sala de aula 2 jogos da memória com letras e uma pitada de incentivo ajudando a criança a descobrir a função de cada letrinha. Com o passar do tempo utilize um pacote de historinhas que envolvam animaizinhos cujos nomes sejam escritos com diferentes letras do alfabeto, nesta hora use um pacote de criatividade para dar sabor as histórias.
Após fermentar o gosto da criança pelo conhecimento e uso do alfabeto, acrescente um baralho de letras, com pitadas de incentivo e o pacote de criatividade, ajude seu aluno a descobrir palavras formando sílabas que se juntam para formar palavras. Em seguida a educadora fará um bingo de palavras para verificar a aprendizagem dos mesmos.
Em outro dia de aula a professora já irá utilizar textos envolvendo alfabetização e letramento. Colocará a sala em semicírculo, fará a leitura de textos diversificados para que os alunos possam se familiarizar com os textos apresentados. Em seguida a educadora pegará uma caixa com diversos tipos de textos: parlendas, adivinhações, cantigas de roda, poesias, livros literários, revistas, jornais, gibis, poesias, músicas, fábulas e fará uma roda com os alunos na qual eles escolherão o tipos de textos de seus gostos, fazendo as leituras do seu jeito. Após essa etapa, os educandos produzirão textos, onde o professor registrará o conto de cada um.
Sirva o conhecimento contido nos textos propostos para alimentar os alunos famintos de aprendizagem e nestes manterão vivo o desejo de aprender.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Alfabetização e letramento

O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento, que é o uso social da leitura e da escrita. Para formar cidadãos atuantes e integracionistas, é preciso conhecer a importância da informação sobre letramento e não de alfabetização. Letrar significa colocar a criança no mundo letrado, trabalhando com os distintos usos da escrita na sociedade. Essa inclusão começa muito antes da alfabetização, quando a criança começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. O letramento é cultural, por isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento alcançado de maneira informal absorvido no cotidiano. Ao conhecer a importância do letramento, deixamos de exercitar o aprendizado automático e repetitivo, baseado na descontextualização. Na escola a criança deve interagir firmemente com o caráter social da escrita, ler e escrever textos significativos. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita pelo indivíduo ou grupos de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. A alfabetização, como já mencionamos, se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo. Enquanto o letramento “focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade” (TFOUNI, 1995), e ainda, é o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita. Um exemplo do que acabamos de mencionar (SOARES, 2003: 56-57).A alfabetização deve-se desenvolver em um contexto de letramento como início da aprendizagem da escrita, como: desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita e de atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado; entendendo que a alfabetização e letramento de deve ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino-aprendizagem na língua escrita, falada e contextualizada nas nossas escolas. O letramento não está restrito no sistema escolar, mas cabe a mesma levar os seus educandos a um processo mais profundo nas práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita.
O educador Paulo Freire afirma que para o educador, o ato de aprender “é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito”. Esta constatação não está relacionada somente ao educando, pois sabemos que o educador tem que estar sempre adquirindo novos aprendizados, lançando-se a novos saberes, e isto, resulta em mudanças de vários aspectos, como também, gera o enriquecimento tanto para o educador quanto para o educando, que com certeza lucrará com esse desenvolvimento. Então, necessário é que o educador atente-se para aquilo que é sumariamente importante na sua formação, ou seja, “o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática”, e, “quanto mais inquieta for uma pedagogia, mais crítica ela se tornará” (FREIRE, 1990). O mesmo afirma que a pedagogia se tornará crítica
se for investigativa e menos certa de certezas, pois o ato de educar não é uma doação de conhecimento do professor aos educandos, nem transmissão de idéias, mesmo que estas sejam consideradas muito boas. Ao contrário, é uma contribuição no “processo de humanização”.
Portanto, letramento informar-se através da leitura, é buscar noticias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de compras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. O letramento é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer dos personagens os melhores amigos. Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é entender quem a gente é e descobrir quem podemos ser.

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo; DONALDO, Macedo. Alfabetização: leitura da palavra leitura do mundo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2ªed. 6ª reimpr. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e alfabetização. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2004.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

EDUCAÇÃO E CIBERCULTURA



Comentado por Rosimeire Silva Mendes, acadêmica do Curso de Licenciatura de Pedagogia UFBA-FACED, EDC Tapiramutá-Ba.

A NOVA RELAÇÃO COM O SABER

No mundo globalizado em que vivemos já não é mais possível à sociedade caminhar sem o uso das novas tecnologias de informação e comunicação. Ao longo dos últimos anos, as instituições de ensino têm percebido a importância das tecnologias como ferramentas didático-pedagógicas na educação e também como instrumento de mudanças no processo ensino-aprendizado, mas é valido lembrar que as mesmas não estão preparadas para enfrentar essa nova realidade. Na verdade falta investir mais em computadores, capacitação de mão-de-obra para saber lidar com tais recursos e até mesmo qualificar os profissionais para atender a comunidade escolar. Na medida em que opta pelo uso de computadores, é importante destacar que o educador passa a ser considerado não apenas um transmissor de conteúdos, mas um mediador capaz de articular a interação crítica e reflexiva do aprendiz com os conteúdos de ensinos, através dos meios tecnológicos. Nas Faculdades á Distância, por exemplo são utilizadas várias técnicas ,onde os indivíduos aprendem de forma dinâmica e interativa. Os mesmos passam a fazer partes nesse novo estilo de pedagogia, participando de uma aprendizagem coletiva em rede.
Segundo Pierre Levy “o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que ampliam, exteriorizam e alteram muitas funções cognitivas humanas: a memória (banco de dados, hipertexto,fichários digitais (numéricos) de todas as ordens), a imaginação (simulações), a percepção (sensores digitais, telepresença, realidades virtuais), os raciocínios (inteligência artificial, modelização de fenômenos complexos). Tais tecnologias intelectuais favorecem novas formas de acesso à informação, como: navegação hipertextual, caça de informações através de motores de procura, knowbots, agentes de software, exploração contextual por mapas dinâmicos de dados, novos estilos de raciocínio e conhecimentos, tais como a simulação, uma verdadeira industrialização da experiência de pensamento, que não pertence nem à dedução lógica, nem à indução a partir da experiência”.


REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA


LEVY, Pierre.Cibercultura.São Paulo: Editora 34, 1999

ESCRITA, EXPERIÊNCIA E FORMAÇÃO -MÚLTIPLAS POSSIBILIDADES DE CRIAÇÃO DE ESCRITA


Comentado por Rosimeire Silva Mendes, acadêmica do Curso de Licenciatura de Pedagogia UFBA-FACED, EDC Tapiramutá-BA

“Por outro lado, com freqüência ouço queixas de professores de todos os níveis, reclamando de seus alunos por não saberem escrever”. (KRAMER, Sônia, 2000, p.109).

Em todas as formações de professores que acontecem o que mais é abordado é a questão da leitura e escrita na escola que devem ser trabalhadas em qualquer área do conhecimento. Sendo assim, todos nós, profissionais, devemos estar atentos quanto à importância dessas habilidades tão indispensáveis no exercício da cidadania. Nas práticas de sala de aula é notório destacar que os aprendizes não lêem e escrevem por prazer e satisfação. É necessário que os mesmos sejam bem orientados e estimulados de forma que consigam obter uma aprendizagem proveitosa e significativa. Para isso se concretizar é urgente o investimento em capacitações, onde o educador aprenda o “como fazer em sala de aula”. Sabemos que não é nada fácil motivar o educando no mundo globalizado que enfrentamos. É difícil competirmos com a Internet, videogames, lan-houses, televisão, etc. Tudo isso é prazeroso, pois é um cenário colorido e divertido, onde as informações aparecem com muito dinamismo. Estamos enfrentando a era da tecnologia e da informação, mas nem por isso as instituições de ensino devem se acomodar e desistir dos seus sonhos. Para reverter este cenário precário, é preciso investir também em projetos de leitura e escrita que despertem no indivíduo o bom gosto e entusiasmo para aperfeiçoar a aprendizagem.
Portanto, devemos lutar dia-a-dia na tentativa de melhorar a qualidade do ensino, procurando oferecer àqueles que desejam ler e escrever bem atividades diversificadas e atraentes, não esquecendo de que para transformarmos nossos estudantes em sujeitos leitores e escritores é essencial que os educadores também façam parte desse grande desafio.

“Trabalhar com linguagem, leitura e escrita pode favorecer uma ação que convida a reflexão, a pensar sobre o sentido da vida individual e coletiva”. (KRAMER, Sonia, 2000, p. 114).

Nas aulas do curso de licenciatura em Pedagogia são propostas várias atividades de leitura e escrita, onde participamos de maneira ativa. Os professores proporcionam espaços de aprendizagem, buscando desenvolver competências e habilidades nos cursistas. Lemos, debatemos, discutimos e trocamos experiências dia-a-dia, compreendendo o poder que a leitura exerce no exercício da cidadania.
Em sala de aula procuro realizar leituras diversificadas nas mais variadas tipologias textuais, oferecendo aos alunos oportunidades para se expressarem e fazerem os seus comentários. Tudo isso favorece o desenvolvimento da crítica e da reflexão sobre os temas trabalhados.

“O que nós, professores, lemos? Que experiências de leitura e escrita temos? De que modo elas têm colaborado nos tornando leitores e escritores? É possível tornar nossos alunos- crianças, jovens e adultos- leitores e escritores se não o somos? O que temos feito de leitura e escrita nas escolas?” (KRAMER, Sônia, 2000, p.115).

Na verdade, nós, professores, lemos e escrevemos muito pouco e exigimos que nossos alunos leiam e escrevam com qualidade. As experiências que temos não são suficientes para amenizarmos essa situação-problema que afeta todas as escolas. É importante lembrar que ler não se limita apenas à decodificação de palavras e escrever não deve ser uma prática de comunicação somente para expressar o que pensamos de qualquer jeito , mas sim, ler e escrever com boas intenções, fazendo o uso dessas habilidades para sabermos nos comportar no meio em que vivemos.
Só será possível tornar nossos estudantes em sujeitos leitores e escritores se, realmente, formos orientadores exemplares, buscando também se apropriar de tais habilidades.
Portanto, as inúmeras atividades que são desenvolvidas em nossas escolas ainda não atendem às expectativas dos aprendizes.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

KRAMER, Sonia. Escrita, experiência e formação – múltiplas possibilidades de criação de escrita. In: CANDAU, Vera Maria (org). Linguagens, espaços e tempos no ensinar e aprender. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0212108_04_postextual.pdf