terça-feira, 17 de novembro de 2009
ESCRITA, EXPERIÊNCIA E FORMAÇÃO -MÚLTIPLAS POSSIBILIDADES DE CRIAÇÃO DE ESCRITA
Comentado por Rosimeire Silva Mendes, acadêmica do Curso de Licenciatura de Pedagogia UFBA-FACED, EDC Tapiramutá-BA
“Por outro lado, com freqüência ouço queixas de professores de todos os níveis, reclamando de seus alunos por não saberem escrever”. (KRAMER, Sônia, 2000, p.109).
Em todas as formações de professores que acontecem o que mais é abordado é a questão da leitura e escrita na escola que devem ser trabalhadas em qualquer área do conhecimento. Sendo assim, todos nós, profissionais, devemos estar atentos quanto à importância dessas habilidades tão indispensáveis no exercício da cidadania. Nas práticas de sala de aula é notório destacar que os aprendizes não lêem e escrevem por prazer e satisfação. É necessário que os mesmos sejam bem orientados e estimulados de forma que consigam obter uma aprendizagem proveitosa e significativa. Para isso se concretizar é urgente o investimento em capacitações, onde o educador aprenda o “como fazer em sala de aula”. Sabemos que não é nada fácil motivar o educando no mundo globalizado que enfrentamos. É difícil competirmos com a Internet, videogames, lan-houses, televisão, etc. Tudo isso é prazeroso, pois é um cenário colorido e divertido, onde as informações aparecem com muito dinamismo. Estamos enfrentando a era da tecnologia e da informação, mas nem por isso as instituições de ensino devem se acomodar e desistir dos seus sonhos. Para reverter este cenário precário, é preciso investir também em projetos de leitura e escrita que despertem no indivíduo o bom gosto e entusiasmo para aperfeiçoar a aprendizagem.
Portanto, devemos lutar dia-a-dia na tentativa de melhorar a qualidade do ensino, procurando oferecer àqueles que desejam ler e escrever bem atividades diversificadas e atraentes, não esquecendo de que para transformarmos nossos estudantes em sujeitos leitores e escritores é essencial que os educadores também façam parte desse grande desafio.
“Trabalhar com linguagem, leitura e escrita pode favorecer uma ação que convida a reflexão, a pensar sobre o sentido da vida individual e coletiva”. (KRAMER, Sonia, 2000, p. 114).
Nas aulas do curso de licenciatura em Pedagogia são propostas várias atividades de leitura e escrita, onde participamos de maneira ativa. Os professores proporcionam espaços de aprendizagem, buscando desenvolver competências e habilidades nos cursistas. Lemos, debatemos, discutimos e trocamos experiências dia-a-dia, compreendendo o poder que a leitura exerce no exercício da cidadania.
Em sala de aula procuro realizar leituras diversificadas nas mais variadas tipologias textuais, oferecendo aos alunos oportunidades para se expressarem e fazerem os seus comentários. Tudo isso favorece o desenvolvimento da crítica e da reflexão sobre os temas trabalhados.
“O que nós, professores, lemos? Que experiências de leitura e escrita temos? De que modo elas têm colaborado nos tornando leitores e escritores? É possível tornar nossos alunos- crianças, jovens e adultos- leitores e escritores se não o somos? O que temos feito de leitura e escrita nas escolas?” (KRAMER, Sônia, 2000, p.115).
Na verdade, nós, professores, lemos e escrevemos muito pouco e exigimos que nossos alunos leiam e escrevam com qualidade. As experiências que temos não são suficientes para amenizarmos essa situação-problema que afeta todas as escolas. É importante lembrar que ler não se limita apenas à decodificação de palavras e escrever não deve ser uma prática de comunicação somente para expressar o que pensamos de qualquer jeito , mas sim, ler e escrever com boas intenções, fazendo o uso dessas habilidades para sabermos nos comportar no meio em que vivemos.
Só será possível tornar nossos estudantes em sujeitos leitores e escritores se, realmente, formos orientadores exemplares, buscando também se apropriar de tais habilidades.
Portanto, as inúmeras atividades que são desenvolvidas em nossas escolas ainda não atendem às expectativas dos aprendizes.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
KRAMER, Sonia. Escrita, experiência e formação – múltiplas possibilidades de criação de escrita. In: CANDAU, Vera Maria (org). Linguagens, espaços e tempos no ensinar e aprender. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0212108_04_postextual.pdf
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